terça-feira, 12 de junho de 2018

Alunos do curso Técnico em Administração, da Etec José Martimiano da Silva (Ribeirão Preto), entrevistam o Youtuber Gabriel Estrela e falam sobre Branding

Código: 074
Município: Ribeirão Preto
Título: Alunos do curso Técnico em Administração entrevistam o youtuber Gabriel Estrela e falam sobre branding
Data: 11 de junho de 2018
Resumo:

Os alunos dos cursos técnicos e do ETIM (Ensino Técnico Integrado ao Médio) da Etec José Martimiano da Silva, foram assistir na última quinta-feira, 07/06, a peça “Boa Sorte o Musical”. Com um repertório de canções da MPB, o musical “Boa Sorte” trouxe o relato autobiográfico de Gabriel Estrela, um jovem, que se descobriu portador do vírus da Aids aos 18 anos.

Gabriel Estrela, ator e criador do musical “Boa Sorte”, é youtuber e co-autor da série “Eu Só Quero Amar”, do núcleo da Malhação, da Rede Globo de televisão. Em 2016, Gabriel foi até a ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, participar da Reunião de Alto Nível sobre o Fim da AIDS.

Conhecido pela sua história divulgada pelo seu canal no YouTube, a peça tem patrocínio e financiamento coletivo no Kincarte, que mantém também a campanha #eufalosobre#.

O diretor concedeu uma entrevista para os alunos do curso técnico em administração período da tarde sob supervisão da coordenadora Vera Lúcia Borges e falou um pouco sobre a plataforma YouTube e Marketing. “A plataforma do Youtube é um sucesso de marketing do ponto de vista de branding de criação de marca. O projeto Boa Sorte tem uma marca tão forte que hoje é difícil da gente se desvincular da questão do HIV. A gente está desde janeiro tentado aos poucos abranger outros assuntos que não seja somente o da  HIV e percebemos uma resistência muito grande do nosso público”, explica.

Para Gabriel, uma marca forte, tende a ficar estigmatizada. “Temos um branding muito forte, porém como se constrói uma comunidade em cima desta marca é muito difícil furar esse perfil. Então a gente lida com as questões do algoritmo que se pra quem consome me coloca em uma bolha de que só vou consumir o que me interessa, pra quem produz também gera a ideia de que eu só alcanço essas bolhas. Como eu chego para falar sobre outros assuntos se minha marca está relacionada a um assunto? Pra construir a marca foi incrível. As pessoas que me acompanham veem meu rosto e já sabem sobre o assunto, o projeto e as ações, porém do ponto de vista de expansão de negócios é bem complicado”, indaga.

O YouTube é uma plataforma que vem crescendo entre os jovens. Segundo um estudo conduzido pelo Pew Research Center, hoje em dia, a plataforma social é preferida dos adolescentes. Entre os dados da pesquisa, 85% dos adolescentes entre 13 e 17 anos preferem o YouTube, que é seguido pelo Instagram (72%) e Snapchat (69%). Contudo, o influenciador digital acredita que os profissionais de marketing, ainda tem um longo caminho para equacionar a divulgação e o ganho financeiro com os meios digitais. “Como o YouTube é uma ferramenta gratuita, sempre que a gente coloca a plataforma como um modelo de negócios a gente tem um desafio muito grande que é de passar a pagar por ele. Produzir vídeo para o Youtube possui um custo e ela é uma plataforma estigmatizada. Embora esteja crescendo e ocupando o lugar da tevê tradicional, muitos consumidores não querem pagar por algo que recebem de forma gratuita. Ficamos por conta dos patrocinadores e criar uma marca que atenda o mercado publicitário tem sua dificuldades”, conclui.

Marina Rossini
Assistente Técnico Administrativa

Informações e imagens cedidas/ autorizadas pela Unidade Escolar.
Fotos: Marina Rossini

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