A estudante Ângela Oliveira, de
18 anos, aluna do curso de Curtimento da Etec Carmelino Corrêa Junior (Colégio
Agrícola de Franca), foi premiada na tarde do sábado de 06 de dezembro de 2014 pelo
programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo. Ela encerrou a edição deste ano do
quadro Jovens Inventores. Por ter criado a pele artificial humana, recebeu como
reconhecimento o prêmio em dinheiro.
Ângela, que mora em Claraval
(MG), contou no palco da atração como nasceu a ideia de produzir a pele
artificial. Segundo ela, tudo começou quando seu pai que trabalha em um curtume
narrou um acidente com ácido que deixou um colega de trabalho com 90% do corpo
queimado e as dificuldades que o amigo estava enfrentando no tratamento. “Em
2013, surgiu a ideia de desenvolver uma pele artificial a partir dos resíduos
dos curtumes. Pesquisando, descobrimos que a pele do porco é 78% compatível com
a humana”, disse a professora e orientadora da pesquisa Joana D’arc Félix, que
também compareceu ao programa.
As duas trabalharam por cerca de
um ano até chegar à versão final da pele artificial em 2013. Pelo processo
criado, a pele do porco passa por uma purificação em que todo o material
genético associado ao animal (células, proteínas degradadas e gorduras) é
eliminado, formando uma matriz “limpa”, mas ainda muito frágil.
Após a purificação, que é feita
com a utilização de uma espécie de centrífuga por oito horas, é injetado o
colágeno extraído do resíduo de couro bovino para fortalecer a estrutura do
material.
“É como se completássemos o
espaço antes ocupado pelas impurezas. O resultado é uma pele com 100% de
compatibilidade. A pele ainda não começou a ser testada em humanos, mas a ideia
é que ela possa ser usada no tratamento de pessoas vítimas de queimaduras ou
com problemas na pele.”
Mais um prêmio
Além da premiação recebida no
Caldeirão do Huck, o projeto ainda rendeu à professora Joana D’Arc Félix o
prêmio Kurt Politzer de Tecnologia, na última sexta-feira, no 19º Encontro
Anual da Indústria Química. Joana leciona no Colégio Agrícola de Franca e foi
escolhida entre outros 71 pesquisadores. A professora concorreu com o trabalho
“Pele humana para transplantes e testes farmacológicos”. Ela recebeu um troféu
e R$ 5 mil.
Informações cedidas/ autorizadas
pela Unidade Escolar.
Fátima
Lespinassi
Coordenadora
Pedagógica
Etex Professor Carmelino Corrêa Júnior - 046 -
Franca-SP
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