terça-feira, 10 de março de 2015

Aluna do Colégio Agrícola premiada no ‘Caldeirão do Huck’

A estudante Ângela Oliveira, de 18 anos, aluna do curso de Curtimento da Etec Carmelino Corrêa Junior (Colégio Agrícola de Franca), foi premiada na tarde do sábado de 06 de dezembro de 2014 pelo programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo. Ela encerrou a edição deste ano do quadro Jovens Inventores. Por ter criado a pele artificial humana, recebeu como reconhecimento o prêmio em dinheiro. 

Ângela, que mora em Claraval (MG), contou no palco da atração como nasceu a ideia de produzir a pele artificial. Segundo ela, tudo começou quando seu pai que trabalha em um curtume narrou um acidente com ácido que deixou um colega de trabalho com 90% do corpo queimado e as dificuldades que o amigo estava enfrentando no tratamento. “Em 2013, surgiu a ideia de desenvolver uma pele artificial a partir dos resíduos dos curtumes. Pesquisando, descobrimos que a pele do porco é 78% compatível com a humana”, disse a professora e orientadora da pesquisa Joana D’arc Félix, que também compareceu ao programa.

As duas trabalharam por cerca de um ano até chegar à versão final da pele artificial em 2013. Pelo processo criado, a pele do porco passa por uma purificação em que todo o material genético associado ao animal (células, proteínas degradadas e gorduras) é eliminado, formando uma matriz “limpa”, mas ainda muito frágil. 

Após a purificação, que é feita com a utilização de uma espécie de centrífuga por oito horas, é injetado o colágeno extraído do resíduo de couro bovino para fortalecer a estrutura do material. 

“É como se completássemos o espaço antes ocupado pelas impurezas. O resultado é uma pele com 100% de compatibilidade. A pele ainda não começou a ser testada em humanos, mas a ideia é que ela possa ser usada no tratamento de pessoas vítimas de queimaduras ou com problemas na pele.”

Mais um prêmio
Além da premiação recebida no Caldeirão do Huck, o projeto ainda rendeu à professora Joana D’Arc Félix o prêmio Kurt Politzer de Tecnologia, na última sexta-feira, no 19º Encontro Anual da Indústria Química. Joana leciona no Colégio Agrícola de Franca e foi escolhida entre outros 71 pesquisadores. A professora concorreu com o trabalho “Pele humana para transplantes e testes farmacológicos”. Ela recebeu um troféu e R$ 5 mil.

Informações cedidas/ autorizadas pela Unidade Escolar.

Fátima Lespinassi
Coordenadora Pedagógica
Etex Professor Carmelino Corrêa Júnior - 046 - Franca-SP

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